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Download Grátis - Livro - A Coragem de Confiar (Roberto Schinyashiki)

Postado em segunda-feira, 29 de março de 2010 |






Trecho de A Coragem de Confiar,


de Roberto Shinyashiki

O medo é uma emoção natural e fundamental para o ser humano, experimentada diante de um estímulo concreto de ameaça. Mas o tipo de medo de que vamos tratar não é essa emoção que mostra que temos de nos proteger, mas, sim, um estado permanente de insegurança. É o que chamamos de falso medo.
- Roberto, então existe um medo autêntico e outro falso?
O psiquiatra canadense Eric Berne afirma que as emoções se dividem em duas categorias: as autênticas e as falsas.
O medo é autêntico quando ele aparece, nos avisa de um perigo à vista e sai da frente. Um medo é falso quando aumenta e permanece conosco por muito tempo.
Vou dar um exemplo: você pode sentir medo da demissão numa situação de corte em massa na empresa em que trabalha. Mas, a partir desse medo, você pode fazer uma análise da qualidade do seu trabalho, melhorar sua produtividade e confiar que a empresa valorizará um profissional competente e comprometido como você. Nesse caso, você sentiu medo, cuidou do aviso e o medo desapareceu. Ou seja, esse é um medo autêntico, situacional e temporário. No entanto, vamos imaginar que você entra em pânico e passa a trabalhar todos os dias preocupado, ficando com insônia por causa do medo de perder o emprego. Depois de algum tempo, você acabará demitido porque seu desempenho ficou fraco. Ou seja, o medo falso prejudicou seu trabalho.
O medo autêntico é saudável. Se você nunca sente medo, alguma coisa está errada com seus sentimentos. Mas o medo falso é uma algema em sua alma, que atrapalha sua vida.

Uma história cada dia mais comum

Naquele dia, assim como nos anteriores, ele acordou atrasado e com a sensação de que tinha dormido pouco. O calmante, novamente, não havia funcionado como ele queria. A noite havia sido longa, e as preocupações ficaram se repetindo em sua mente, como num CD riscado que fica tocando sempre o mesmo trecho da canção. Ele somente conseguiu adormecer no meio da madrugada.
As dúvidas ainda rondavam sua mente e enchiam sua cabeça de sombras, como se fossem um grupo de bailarinos sufis dançando sempre no mesmo ritmo. Lentamente, caminhou até o banheiro, carregando na boca o gosto azedo da bebida que tomara na véspera para tentar relaxar. Lavou o rosto com água fria, procurando despertar. Olhou no espelho e não gostou do que viu - não acreditou que aquela imagem era o reflexo de seu rosto.
Pensou no que a irmã vivia repetindo: seu gosto pela bebida estava se transformando em alcoolismo. Criticou o negativismo dela, mas, enquanto escovava os dentes, deu-se conta de que suas olheiras estavam cada vez mais escuras e profundas. Percebeu que já tinha no rosto a expressão de um cansaço permanente.
Barbeou-se, sem perceber os tufos de pelo que deixava no rosto por conta da pressa e das preocupações com as coisas que teria de fazer durante o dia. Vestiu-se o mais rápido que conseguiu, sem se preocupar muito com o asseio pessoal. Tomou o remédio para pressão com o café, que engoliu rapidamente. Por sorte, o café já estava frio.
Saiu para viver mais um dia, alimentando a ilusão de que, se fechasse aquele contrato, sua vida mudaria totalmente. Depois daquele negócio, a tranquilidade seria sua marca registrada. Não percebia que o novo contrato só traria mais preocupações e insônia.
Vitória ou derrota, sucesso ou fracasso, não importava. Era somente o início de uma nova fase de angústia. Se tudo dava errado, sua mente angustiava-se com a derrota. Se tudo dava certo, sua alma ficava preocupada se iria entregar o que havia sido prometido.

A preocupação não pode ser uma companhia de todos os dias

As pessoas não estão percebendo que seu estilo de vida cria sempre novas preocupações, não importando se aconteceu uma vitória ou uma derrota.
Na mesma prova, um jovem nadador foi campeão enquanto outro chegou em segundo lugar. Ótimo para o primeiro e azar do segundo. Um sofrerá e o outro celebrará naquela noite. Mas essa diferença de atitude provavelmente vai durar só até o próximo final de semana.
Depois começam de novo as preocupações de ambos: "Será que vou conseguir melhorar meu resultado? E, se perder, o que será que vai acontecer com minha carreira? Será que vou conseguir renovar meu contrato? Será que está valendo a pena tanto sacrifício para conseguir esses resultados?"
Lógico que, na maioria das vezes, é melhor ganhar que perder, mas não é possível viver tão preocupado com a vitória como muitas pessoas vivem hoje em dia.
Vivo no mundo dos livros e, portanto, tenho muitos amigos escritores. A maioria se martiriza porque nunca esteve na lista dos livros mais vendidos. Outros se torturam porque estiveram na lista um dia e não estão mais, e outros porque ficaram lá poucas semanas. Na verdade, poucos escrevem seus livros com a confiança de que tocarão o coração de seus leitores.
As pessoas que estão sozinhas vivem preocupadas porque estão sozinhas, da mesma maneira que a maioria que tem um companheiro vive angustiada com os problemas do relacionamento. Poucas vivem seu momento afetivo com a certeza de que estão vivendo o amor e aprendendo a amar.
Se deixar o medo ocupar seu coração, você nunca conseguirá celebrar de verdade uma vitória, porque no momento seguinte ao do bom resultado a insegurança lançará dúvidas em sua mente.
A palavra "medo" em inglês é fear, e algumas pessoas dizem que esse termo reúne as iniciais da expressão False Evidence Appearing Real. Ou seja, "Falsa evidência com aparência real". A pessoa coloca na cabeça que algo vai dar errado e aí começa a procurar provas de que vai fracassar. E, à medida que dá energia e crédito a isso, a coisa se agiganta a ponto de parecer real.
Muitas vezes, uma simples frase com aparência de raciocínio lógico esconde a insegurança da pessoa. O empresário que sente medo de ter um gerente competente ao seu lado diz: "Não temos dinheiro para contratá-lo".
O rapaz que não se sente capaz de conquistar uma garota pode dizer: "Não estou a fim dela".
Uma mulher que tem medo de sofrer em seus relacionamentos pode dizer: "Prefiro ficar sozinha, pois os homens não aceitam uma mulher de sucesso".
Na verdade, camuflar a própria insegurança é a pior maneira de deixar o medo decidir a sua vida. É fundamental perceber que esses medos existem apenas em sua mente.
Um colaborador competente fará a sua empresa deslanchar; uma namorada sensacional dará a você a oportunidade de se realizar como homem; e existem milhões de homens dispostos a um compromisso afetivo com uma mulher de sucesso.
Quando você reconhece a fragilidade de seu medo imaginário, ele desaparece, assim como a escuridão desaparece quando se acende uma luz, ou como a angústia desaparece quando a pessoa faz uma oração.
Não deixe que suas inseguranças destruam sua vida. A angústia não pode impedir que seus sonhos floresçam. Sua inquietação não pode travar o avanço de seus projetos.
A sensação de solidão não pode ser uma barreira para fazê-lo deixar de enxergar quantas pessoas maravilhosas querem compartilhar a vida com você.
O medo não pode cortar a conexão com sua alma. Quando a alma não é ouvida, você fica doente. A preocupação, a angústia e a depressão acontecem quando você não respeita sua alma.
A insegurança nunca levou ninguém ao topo. Ao contrário, ela sempre puxa o tapete de quem quer progredir. Portanto, não deixe que ela domine os seus pensamentos. Avance para seus objetivos com o coração aberto para seu propósito nesta vida!








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